Biografia

Aprendi a costurar com menos de 10 anos de idade e aos 13 fazia e vendia brincos na escola. Na infância sempre tive facilidade com desenho e sempre gostei muito de dançar, de ouvir música e de montar pequenas apresentações para fazer na escola. O interessante é que era muito timida a ponto de não ter coragem de comprar bala no baleiro de tanta vergonha, mas adorava apresentar. Nunca tive muito apoio da escola e nem dos professores para isso, então a maioria das tentativas foram frustrantes, sem professor na sala para dar apoio e estrutura moral para as apresentações. Mesmo assim este fascinio não morreu.
Durante a infância e adolescência não tive oportunidade de estudar Teatro e apesar do interesse acreditava que seria um hobby, mas tive oportunidade de dançar e aprender Forró em uma época que dançar forró era moda. Aprendi e comecei a dar aulas, até que o emprego na Contax me fez deixar as aulas de lado, mas não a dança.
Ainda sem saber muito bem qual curso superior que eu queria, tentei vestibular em 2002 para Psicologia na Puc e na Fumec, Pedagogia na UFMG e na UEMG e Fisioterapia  na Una, fui aprovada em todas. Ainda não sei o que Fisioterapia faz neste contexto. Resolvi cursar Pedagogia por ser em Universidade Gratuita e escolhi a UFMG porque o Campus me oferecia um mundo à parte. Minha primeira concepção seria fazer Pedagogia e em seguida uma Pós em Psicopedagogia ou tentar mudar de curso. Aproveitaria o fato de estar no Campus para cursar matérias Eletivas em várias Faculdades e cursos que me interessavam e que somariam para a minha Formação. Em 2005 e 2006, cursava a Pedagogia e trabalhava 6 horas diarias na Caixa como Operadora de Telemarketing terceirizada pela Plansul. Na Caixa iniciei um trabalho dentro de um grupo pioneiro la dentro chamado MotivAção que buscava realizar os treinamentos de forma lúdica e pude experimentar a Pedagogia Empresarial. O grupo era misto e buscava interação entre funcionários Caixa e Terceirizados.
Estava em meados do meu Curso de Pedagogia, mas o fato de dar aula ainda me assustava. Resolvi experimentar a recreação enquanto caminho, sai da Caixa e fui trabalhar com recreação. Procurei várias empresas pequenas, comecei a fazer treinamentos com a Foliar. Com o andamento dos treinamentos e muitos trabalhos não remunerados fui sendo colocada em eventos e festas, indicada e descoberta por outras empresas de recreação e em cada uma delas assumindo postura de liderança e treinamento de equipe. Foi quando surgiu uma oportunidade única, a Foliar me indicou para um Laboratório para realizar trabalhos recreativos em Hospitais. Trabalhei por 3 anos consecutivos com o Laboratório Zambom fazendo recreações em hospitais e Clinicas em Belo Horizonte. Foi quando a Cria ativos nasceu. Minhas primeiras concepções sobre o curso e minha formação já haviam sido alteradas e já cogitava uma formação voltada pra Arte educação e a pedagogia fora do espaço escolar. Convidei várias pessoas da minha turma de Pedagogia para fazer parte e montarmos um grupo e trabalhar com recreação, mas não acreditavam naquela idéia ainda sem corpo. O sonho era meu e resolvi que o honraria. Pesquisei muita coisa, li muitos livros, virei contadora de histórias num momento que os trabalhos recreativos não eram tão frequentes. Fiz várias feiras de livros em várias escolas e fui chamada para trabalhar como contadora de histórias na Clássica Distribuidora de Livros, que trabalha com as Editoras Ática e Scipione. Na mesma época fui convidada à dar aulas para Cuidadoras de Crianças no Hospital Belo Horizonte para a Aiutare.
Comecei a fazer cursos livres de circo. Me apaixonei com o trapézio. Trabalhei com recreação em Restaurantes, fiz a coordenação de equipe e atividades recreativas de Hotéis Fazenda, trabalhei com arte Laboral, teatros educativos, promoções de eventos, recepções, Caravanas, até que com a frequente demanda, me veio a vontade e possibilidade de finalmente fazer Teatro.
Me matriculei na escola de teatro da Puc-MG em 2008. Fiz dois semestres e interrompi um por causa do grande volume de trabalhos com a Cria ativos. Voltei e conquistei meu DRT em 2010 quando, menos de um mês depois, fui convidada pelo Tavinho Muniz para conversar sobre possiveis participações na Caravana Arrumação. A parceria foi ótima e trabalhamos com eles durante um semestre inteiro, finalizando o cronograma de Caravanas daquele ano. Aprendemos muito e tivemos oportunidade de conceber e apresentar bons trabalhos. Tive tambem a oportunidade de dividir o palco e apresentar com o Saulo Laranjeira em seu espetáculo 'Assunta Brasil'. Trabalhamos também com a Caravana Praça Ativa, onde aprendi e cresci muito, e com a Caravana Alterosa, onde apresentamos um espetáculo educativo em Santa Luzia que foi muito gratificante.
A Cria ativos hoje tem pessoas que compartilham das ideias e dos ideais e que trabalham em conjunto somando forças. Temos um grande volume de trabalhos e uma demanda constante por novas criações. Participo de cada trabalho, cada concepção de idéia, e realizo a gestão, coordenação, as produções e os treinamentos, além da seleção de grupos e trabalhos parceiros.  A Cia Cria surgiu da parceria com Allan Calisto e temos apresentado frequentemente nossos trabalhos, cenas e intervenções em vários eventos e alguns festivais.
Em 2011 participei dos Núcleos de Pesquisa de Cenografia e Iluminação Cênica do Galpão Cine Horto e curso Carreiras Artísticas e Projetos Culturais no Palácio da Artes- Fundação Clóvis Salgado- ministrado pelo Sociólogo José Márcio Barros. Participei também de oficinas de atuação para cinema com a Cynthia Falabella e depois com o Sergio Penna.
Hoje sou aluna do CEFAR- Centro de Formação Artistica da Fundação Clóvis Salgado no Palacio das Artes, no curso profissionalizante de Teatro.